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Reflore MS confirma terraplanagem para fábrica de celulose em Ribas

Entretanto não há informação de quando as obras serão iniciadas; grupo de investimento estaria a procura de empresas para construção da planta


Ribas do Rio Pardo tem mais de 215 mil ha de florestas plantadas de eucalipto. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A solicitação de propostas para terraplanagem em área de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande, seria mesmo para o início das obras da indústria de celulose. Anunciada há 5 anos, a planta industrial volta ao centro das atenções com certa frequência, mas agora a empresa detentora do terreno está engajada a atrair investidores para o negócio.

As informações são de Moacir Reis, presidente da Reflore MS (Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas). Segundo ele, uma empresa de fundo de investimento de São Paulo comprou o projeto da fábrica. “Eles têm como objetivo dar retorno para os investidores. Estão contratando (a terraplanagem) mesmo', confirma.

Por outro lado, Moacir diz que ainda não é possível estipular um prazo para início das obras, mesmo com a procura de empresas para a terraplanagem. “Eles estão buscando grupo para fazer a fábrica' e acredita que “entre 12 e 24 meses há chance de ter esse investimento em Ribas. Tem a tendência de que aconteça algo sim', reforça. “Mas existe também muita especulação', contrapõe.

Moacir não informa o nome do grupo. “Eles são fechados', justifica. Entretanto, como publicado pelo site Perfil News de Três Lagoas, a área em Ribas do Rio Pardo de mais de 60 mil hectares de terra teria sido comprada pela Bandeirantes Florestal, pertencente à Holding Corus.

O projeto inicial anunciado em 2014 previa planta para produção de 2,2 milhões de toneladas de celulose por ano com capacidade de cogeração de energia de 291 MW.

A localização é considerada estratégica, já que Ribas do Rio Pardo, conhecida como Cidade da Madeira, tem grande área de florestas plantadas de eucalipto. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados no ano passado apontam que em 2017 o município era o segundo do Brasil (atrás de Três Lagoas) dedicado à silvicultura, com de 215 mil ha dos 1,1 milhão existentes no Mato Grosso do Sul. A implantação da fábrica seria importante para absorver essa oferta.