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Alan García, ex-presidente do Peru, comete suicídio

Alan García recebeu ordem de prisão por estar envolvido em esquemas de corrupção e preferiu se matar a se entregar à Odebrecht


Alan García, ex-presidente do Peru, comete suicídio

O ex-presidente do Peru Alan García morreu hoje (17), depois de dar um tiro na cabeça ao receber ordem de prisão em sua casa, no bairro Miraflores, em Lima. Ele era acusado de corrupção em caso envolvendo a empresa brasileira Odebrecht. García foi levado com urgência ao Hospital Casimiro Ulloa, na capital peruana, mas não resistiu.

De acordo com informações médicas, o ex-presidente, 69 anos, teve três paradas cardíacas e foi reanimado. Ele deu entrada no hospital às 6h45, com perfurações de entrada e saída de bala no crânio. O presidente do Peru, Martín Vizcarra, lamentou no Twitter a morte de Alan García. “Consternado com a morte do ex-presidente. Envio minhas condolências à família e pessoas queridas”.

O ex-presidente do Peru Alan García tentou se matar na manhã de hoje (17) quando ia ser detido pela polícia em sua casa no bairro de Miraflores, em Lima. Ele é acusado de corrupção em caso envolvendo a Odebrecht. 
Seu estado de saúde é grave, segundo a imprensa local. García foi levado com urgência ao Hospital Casimiro Ulloa, na capital peruana.

Estado grave

O ex-presidente estava internado e passou por cirurgia após dar um tiro na própria cabeça. Conforme comunicado da ministra da Saúde do Peru, Zulema Tomás, seu estado de saúde era muito grave. García decidiu se matar após a Justiça decretar a sua prisão preventiva, na manhã de hoje (17), por suposto envolvimento em casos de corrupção com a empresa brasileira Odebrecht.

De acordo com informações médicas, García, 69 anos, teve três paradas cardíacas e foi reanimado três vezes. Ele deu entrada no Hospital Casimiro Ulloa, às 6h45, com perfurações de entrada e saída de bala na cabeça. Está sendo operado desde as 7h10.

O ex presidente teria atirado na própria cabeça após a chegada de agentes da Divisão de Investigação de Delitos de Alta Complexidade, com uma ordem de prisão preventiva de 10 dias. Ele está envolvido em suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro vinculado ao caso Odebrecht, na construção da Linha 1 do Metrô de Lima.

Ordens de prisão

Outros dois políticos também receberam ordens de prisão hoje (17), Luis Nava, ex secretário geral da Presidência no governo Alan García, e Miguel Atala, ex-vice-presidente da PetroPerú. Ontem (16), em sua conta no Twitter, García escreveu que “como em nenhum documento sou mencionado e nenhum indício nem me evidencia nem me alcança, só resta especulações ou que inventem intermediários. Jamais me vendi e está provado”.

García está sendo investigado pelo Ministério Público do Peru, e impedido de deixar do país. Ele vivia em Madri desde 2016 e, no ano passado, quando estava no Peru, recebeu a ordem de que não poderia deixar o país por 18 meses, para assegurar a sua presença no processo. Em dezembro do ano passado, García pediu asilo político ao Uruguai, alegando perseguição política, mas teve o pedido negado. À época, o presidente uruguaio Tabaré Vázquez afirmou que o caso de García não era perseguição política e que, no Peru, “funcionam autônoma e livremente os três poderes do Estado, especialmente o Poder Judiciário”.