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Britânica sofre derrame e fica com paralisia após estalar o pescoço

Estalo rompeu artéria vertebral, criando coágulo que deixou o lado esquerdo do corpo da jovem sem movimentos


(Foto: Pixabay)

Na noite de 4 de março, a paramédica Natalie Kunicki, de 23 anos, estava assistindo a um filme na cama com uma amiga. Ela esticou o pescoço e ouviu um estalo alto, mas não se preocupou porque suas articulações frequentemente estalavam. Contudo, quando a jovem tentou ir ao banheiro cerca de 15 minutos depois, ela não conseguia mover a perna esquerda. 

Segundo o site de notícias britânico Unilad , a jovem foi levada às pressas para o Hospital Universitário de Londres, no início do dia 5 de março. Os médicos descobriram que o estalar do pescoço havia rompido uma artéria vertebral. Isso criou um coágulo de sangue que provocou um derrame, causando paralisia no lado esquerdo do corpo de Kunicki. 

De acordo com a entidade Johns Hopkins Medicine (JHM), quando uma pessoa quebra o pescoço, as costas ou os dedos, o som é causado pelo "estouro" de bolhas de nitrogênio dentro das cápsulas que protegem as articulações ou por ligamentos quando se esticam e se encaixam no lugar. Na maioria dos casos, isso é inofensivo, mas se o surgimento da articulação for seguido por dor ou inchaço, isso pode indicar uma lesão e exige atenção médica. 

Estalar o pescoço e a manipulação agressiva das vértebras do pescoço devem ser evitadas, porque podem causar rupturas nas paredes dos vasos que fornecem sangue ao cérebro. "Uma ruptura pode levar a um derrame se um coágulo de sangue se formar no local da lesão e, posteriormente, se libertar para bloquear o fluxo sanguíneo para o cérebro", explicou Robert Glatter, do Hospital Lenox Hill em Nova York (EUA). 

Os derrames podem causar fraqueza e perda de sensibilidade nas extremidades e podem até levar à paralisia em casos extremos. Estalar o pescoço também pode danificar nervos, ligamentos e ossos. 

Os cirurgiões de Kunicki conseguiram reparar a artéria danificada. O coágulo de sangue não foi retirado, mas deve se dissolver com o tempo, sem causar mais danos. Segundo o jornal The Sun, a paralisia persistiu nas semanas depois da operação. Após um mês de fisioterapia, a jovem recuperou alguns movimentos em seus membros, mas ainda precisará de reabilitação.

"Não há realmente uma maneira 'segura' de estalar o pescoço", disse Glatter. "Simplificando, é melhor evitar fazer isso para não ter complicações."