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Policial Civil de MS preso curtindo férias em SC é afastado do cargo pela Corregedoria

Investigador é segundo na PCMS afastado em pouco mais de 30 dias por suspeita de envolvimento com crime


Sérgio Trindade está preso preventivamente em Campo Grande. (Foto: Divulgação/PC)

O investigador de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Sérgio Adriano Moraes Trindade foi afastado do cargo pela Corregedora-Geral do órgão. A decisão foi publicada na edição desta terça-feira (14) do Diário Oficial do Estado.

Sérgio Trindade foi preso na quinta-feira (8) na cidade de Coronel de Freitas, em Santa Catarina. Ele é investigado por diversas ocorrências e uma tentativa de homicídio em Coronel Sapucaia, em dezembro de 2017. Também pesa contra ele envolvimento em um crime cometido no Rio Grande do Sul.

O investigador era lotado em Coronel Sapucaia e atualmente trabalhava na delegacia de Polícia Civil de Água Clara, a 198 km de Campo Grande.

A Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que passou a investigar Sérgio após ele tentar matar um homem que estava dentro de uma caminhonete. A vítima seria ex da atual namorada do policial. Na data dos fatos, o policial teria usado um carro com placas do Paraguai, quando perseguiu e alvejou a caminhonete.

O policial estava sendo monitorado há cerca de 15 dias por duas equipes da Corregedoria, quando tiveram a informação que ele estaria em Coronel de Freitas, à passeio. O mandado de prisão foi cumprido com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Sérgio foi encaminhado para a cidade de Chapecó (SC).

Atualmente, ele está preso preventivamente na 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, sendo alvo de inquérito policial e processo administrativo pela Corregedoria.

Conforme a portaria publicada nesta terça, Sérgio Trindade está afastado compulsoriamente de suas funções na Polícia Civil até o fim da medida imposta pela Justiça, devendo ser recolhida arma, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público, além de suspensão de suas senhas e login de acesso aos bancos de dados da instituição.

Delegado suspeito de matar boliviano em ambulância

O afastamento do policial por implicação em crime de homicídio é o segundo em pouco mais de 30 dias na Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. No último dia 4 de abril, foi a vez do delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior, titular da Deaji (Delegacia de Atendimento a Infância, Juventude e do Idoso) de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, deixar o cargo por suspeita de envolvimento com crimes.

Fernando Araújo está preso no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), suspeito de participação no assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber dentro de uma ambulância, no último dia 23 de fevereiro.

Alfredo teria sido sócio de Odacir Santos Correa, ex-barão do narcotráfico preso pela Polícia Federal na Operação Nevada, em 2003. Odacir, que atualmente cumpre pena de 14 anos por tráfico internacional de drogas, também seria ex-marido de Sílvia Aguilera, atual mulher do delegado e filha de Asis Aguilera Petzold.

No dia do assassinato, Alfredo teria encontrado Sílvia e cobrado uma dívida de seu ex-marido, Odacir. Ele teria ameaçado a mulher e o delegado teria tomado as dores, esfaqueando três vezes o boliviano. As investigações continuam em Campo Grande, na Corregedoria da Polícia Civil, mas supostas manobras para amedrontar testemunhas estariam atrapalhando os trabalhos.