Policial

Reprodução simulada de assassinato de pai e filho teve participação de 40 policiais

Vítimas foram mortas a tiros depois de uma briga por fogo em lixo


Foto: Mariana Rodrigues

Aproximadamente 40 policiais participaram de uma reprodução simulada no início da noite desta quinta-feira (11), que teve cinco horas de duração para esclarecer sobre os assassinatos de pai e filho, Bruno Pierre Figueiredo de 22 anos, e Carlos Mendes Figueiredo, de 42 anos, no Portal Caoibá, em fevereiro deste ano.

O inquérito sobre os crimes já havia sido encerrado, mas a defesa dos acusados pediu a Justiça uma reprodução simulada do caso para esclarecimentos. Os dois acusados pelo duplo assassinato participaram, assim como, policiais da Denar, da 5º delegacia de polícia, guarda municipal, 4º DP, GOI e 6º delegacia de polícia.

Segundo o delegado Giuliano Biaccio disse que ficou comprovado que Ângelo – preso no dia 29 de abril em Sidrolândia – fez os disparos e ainda teria tentado atirar contra a filha de Carlos, que estava dentro do carro no dia do crime. Mas, o disparo não atingiu a criança e sim o carro. Eles foram indiciados por duplo homicídio qualificado por motivo fútil e tentativa de homicídio, no caso Ângelo por tentar matar a criança, que estava no carro.

No dia dos assassinatos tanto Ângelo como Nestor estariam embriagados. O crime aconteceu depois de uma discussão por causa de fogo em um amontado de lixo. Carlos foi atingido por quatro disparos sendo um no pescoço, clavícula, costas e um tiro na testa. Antes do tiro na testa de Carlos, o homem teria dito “Você ainda não morreu”, dando um tiro de ‘confere’.

Já Bruno foi assassinado com três tiros, sendo dois na coxa e um no pescoço. 11 munições intactas foram encontradas no local. Testemunhas e vizinhos informaram que pai e filho eram pessoas trabalhadoras.

 

Após o assassinato de pai e filho, moradores do Portal Caiobá revoltados com o crime colocaram fogo na casa dos suspeitos do assassinato. O incêndio começou logo após o crime e parte da casa ficou destruída.

Um casal que passava na rua abaixo a do crime, foi parado por dois dos suspeitos, que tentaram roubar a motocicleta para fugirem. Uma pistola chegou a ser apontada para a cabeça do rapaz de 23 anos. Segundo o atendente de conveniência um dos homens chegou a dizer para ele, “acabamos de matar dois”.

A mulher do rapaz, a cabeleireira de 20 anos, contou que ficou muito nervosa com a situação e foi derrubada da motocicleta pelos suspeitos, que desistiram de levar o veículo fugindo em meio a um matagal. Os suspeitos teriam fugido em carro de cor prata.