Política

Senai e Prefeitura da Capital iniciam articulação para qualificar pessoas com deficiência

De acordo com David Marques, a ampla rotatividade acontece em razão da não adaptação das pessoas com deficiência à função


Senai e Prefeitura da Capital iniciam articulação para qualificar pessoas com deficiência

Com foco na empregabilidade de Pessoas com Deficiência (PCDs), o Senai e a Prefeitura de Campo Grande iniciaram, nesta semana, a articulação em torno de uma parceria para qualificar e ampliar a inclusão desse público por meio de oportunidades no mercado de trabalho. O diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, recebeu, na sede do Edifício Casa da Indústria, o coordenador da Caped (Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência), David Marques, e ouviu as demandas do órgão, que é responsável por representar e formular as políticas públicas de apoio às pessoas com deficiência da Capital.

 

Segundo Rodolpho Mangialardo, as empresas têm amplo interesse em serem inclusivas – e não apenas em cumprir a legislação federal, que estabelece a reserva de vagas para PCDs –, mas esbarram em questões como a alta rotatividade de pessoas. “Historicamente a rotatividade, no contexto da gestão de pessoas, é grande. O Senai pode atender e contribuir com ações voltadas para este público da maneira que nos for solicitado, abrindo novas turmas com horários flexíveis e, caso seja preciso, instalar unidades móveis para oferecer cursos de qualificação profissional e empreendedora específicas e compatíveis com cada tipo de deficiência”, disse.

 

De acordo com David Marques, a ampla rotatividade acontece em razão da não adaptação das pessoas com deficiência à função. “O que estas pessoas precisam é de qualificação, de receber educação profissional da maneira adequada para que se sintam incluídas, seguras e, desta forma, consigam demonstrar todo potencial que, muitas vezes, fica escondido”, analisou.

 

Atualmente, a Caped estima que existam 180 mil PCDs residindo em Campo Grande e a demanda por qualificação profissional, acrescenta, é grande. “Muitos nos procuram a coordenadoria buscando informações sobre cursos, oportunidades de estudar. E é diferente você abrir uma turma para o público em geral, do que uma direcionada às pessoas com deficiência”, declarou.

 

Após o encontro com o diretor-regional do Senai, o coordenador fez uma visita à Faculdade do Senai da Capital e conheceu o Laboratório de Informática, uma das áreas mais requisitadas pelo público que procura a Caped. A ideia, finaliza, é estabelecer a parceria com o Senai e levar orientação e instruções aos associados das 23 associações vinculadas à Caped e que atendem PCDs. “Muitas vezes falta informação. Ao saberem que existe uma instituição como o Senai disposta a abrir uma turma direcionada a eles, muitos se interessarão em se qualificar”, apostou.