Município

Audiência pública discute soluções para preservação ambiental em Bonito

Duas solicitações de projetos foram feitas no ato


Discussão sobre o meio ambiente em Bonito aconteceu nesta terça-feira - Foto: Foto: Luis Carlos Campos Sales

Audiência Pública sobre a preservação ambiental em Bonito, procurou apontar os problemas e soluções para a preservação do meio ambiente do município turístico, nesta terça-feira (21), no Senado Federal.

O debate discutiu os impactos causados por plantações, construções irregulares e estradas feitas em áreas de preservação ambiental na cidade. “Todas as demandas apresentadas na audiência serão encaminhadas oficialmente para os setores responsáveis, principalmente à Sudeco [Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste] e Ministério do Turismo e Meio Ambiente e Governo do Estado”, disse o Senador Nelson Trad Filho, que presidiu a audiência. 

De acordo com os moradores da cidade e órgãos de proteção ambiental, por conta da má preservação do solo, águas cristalinas dos rios Prata e Formoso têm ficado cada vez mais turvas após as chuvas e demoram cada vez mais tempo para limparem novamente.

Em cinco anos a área de plantio praticamente dobrou, os drenos escavados pelos agricultores para escoar a água dos brejos da região levam o barro direto para os rios e as estradas, construídas há mais de 30 anos, já não atendem demanda de turismo e agronegócio.

Além disso, o desmatamento aumentou dois mil hectares nos últimos sete anos, além do turismo em Bonito, que vem crescendo a cada ano, passando de 80 mil há 10 anos para 240 mil pessoas por ano.

“Queremos chamar atenção das autoridades competentes para tratar da preservação ambiental de Bonito como prioridade. Todas as autoridades do Governo Federal, Estadual e Municipal concordam que Bonito é um patrimônio não só de Mato Grosso do Sul, mas da Humanidade”, afirmou o senador.

PROJETOS

O presidente da Associação de Atrativos Turísticos de Bonito e Região (Atratur), Guilherme Poli, solicitou durante a audiência dois projetos para serem executados na cidade e que seriam uma alternativa para melhorar a degradação do solo.

“Precisamos de pavimentação ecológica na rodovia do turismo, cerca de 15 quilômetros de estrada, e na rodovia São Geraldo, cerca de 18 quilômetros de percurso. São benfeitorias que vão ajudar na mobilidade dos turistas e, também, para melhorar o escoamento das produções das fazendas da região. As terras dessas estradas deixarão de chegar aos rios. Além disso, precisamos que seja finalizada a pavimentação da rodovia MS-382”, explicou.

A audiência foi realizada em reunião conjunta no Senado entre as comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo, de Agricultura e Reforma Agrária, e Meio Ambiente.