Policial

Mantida prisão de dois policiais envolvidos com cigarreiros em MS

Outras duas pessoas também foram mantidas presas


Advogados dos policiais falam com a imprensa após audiência de custódia. Foto: Andreza Nunes

Durante audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (1), na 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande, foi mantida a prisão de quatro pessoas detidas durante a Operação Trunk, deflagrada na quarta-feira (31) pela Polícia Federal, com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), para desarticular organização criminosa ligada ao contrabando de cigarros.

Dentre os presos estão dois policiais rodoviários federais. Um deles foi preso em Rio Brilhante, enquanto trabalhava na BR-163. O outro policial foi preso em Nova Alvorada do Sul. A defesa relatou que ainda não teve acesso aos autos do processo, já que as investigações seguem em sigilo, mas adiantou que vai recorrer a habeas corpus, para que sejam soltos com medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

Nesta quinta-feira, apresentou na sede da Superintendência Regional da PF, na Capital, um dos presos que estavam foragidos. Trata-se de um motorista de aplicativo de 28 anos natural do Paraná, mas que estavam residindo em Campo Grande.

Conforme noticiado, a operação teve início em julho de 2018, após a apreensão de um caminhão carregado com 430 mil maços de cigarros de origem paraguaia. Ao todo, no período de um ano, outros 19 carregamentos foram apreendidos e 26 pessoas presas. Os valores dos produtos apreendidos ultrapassam R$ 70 milhões.

Foram cumpridos na Operação Trunk 15 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva. Policiais estariam envolvidos no esquema para facilitar a entrada de produtos no Brasil, assim como a de um político. Já foram apreendidas armas de fogo e há informação de que policiais já teriam sido presos. A polícia cumpre mandado em um motel na região de Ponta Porã e em residências.

Os mandados cumpridos são em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Rio Brilhante e também em Embu-Guaçu (SP) e São Bento (PB). Há informação de sequestro de veículos, imóveis e valores financeiros.