Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul existem aves únicas.

O Estado tem uma das mais ricas faunas do Brasil.
-Foto Divulgação Gov MS

 Passarinhar. Parece uma daquelas palavras (re)inventadas e que só os poetas sabem usar, talvez pescada de algum poema de Mario Quintana ou, quem sabe, de Manoel de Barros. Mas não é.

Quem quiser se dar ao trabalho, pode abrir qualquer dicionário e vai encontrar. O significado aqui, porém, é outro. Se para o Houaiss, Aulete, Aurélio e Michaelis, passarinhar é caçar pássaros, vadiar, bolinar ou mesmo alguma coisa relacionada a cavalos, para quem curte o ecoturismo é o hobby de observar aves. Em inglês: birdwatching.

E um dos melhores lugares para essa contemplação é Mato Grosso do Sul. O Estado tem uma das mais ricas faunas do Brasil. São 630 espécies de aves catalogadas, 32% das existentes no país, sendo que duas delas não existem em nenhum outro lugar do mundo: rapazinho-do-chaco e tiriba-fogo.

A explicação para essa riqueza, em parte, está na presença de quatro biomas no Estado: Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Chaco – sendo que esse último não é considerado um bioma brasileiro, estando presente apenas em Porto Murtinho.

Fotos de luxo ao mundo

A origem do birdwatching é inglesa. Era um hobby da nobreza, no século XVIII. Hoje, o país com o maior número de observadores é os Estados Unidos, com 70 milhões de pessoas praticando o birdwatching. Já no Reino Unido são 5 milhões.

Mas é na América do Sul que estão os lugares com maior variedade de aves. Com 1.919 espécies, o Brasil ocupa a segunda posição no mundo, atrás apenas da Colômbia.

No país em que a seleção de futebol ganhou o apelido de um pássaro (Canarinho), a observação de aves é algo novo e que em ganhado adeptos nos últimos anos. Por isso mesmo, o passarinhar entrou no radar do trade e a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur) passou a monitorar esse segmento no ano passado.

A estimativa é que existam cerca de 100 mil observadores no Brasil, sendo quase 40 mil deles ativos. Os outros passarinham eventualmente. Os brasileiros que participam desse passatempo fazem questão de fotografar as aves. Na prática, eles se tornam colecionadores de registros.

 

 

 

-GOVMS