Dourados

Com 100% de lotação na UTI, Dourados transfere pacientes com Covid para municípios vizinhos

Três pacientes foram levados para Naviraí, situação que começou a se intensificar nas últimas semanas


Três pacientes foram levados para Naviraí após lotação

Com aumento de casos de covid-19 em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, a rede de saúde começou a “exportar” pacientes para outros municípios da macrorregião. Ontem (4), três foram levados para Naviraí, situação que começou a se intensificar nas últimas semanas. 

A média diária de casos de covid no município se manteve acima dos 100 casos desde a 2ª semana de dezembro de 2020, quando a taxa atingiu 125,8. Da semana de 29 de dezembro até ontem (4), a média chegou a 152,7. Deste período, foram mais 7 óbitos por conta da doença. Balanço divulgado pelo Dourados News indica que é a maior desde o início da pandemia.

De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), Dourados registrou 14.252 casos da doença e 162 mortes de covid. É o 3º município no Estado em incidência da doença.

O secretário municipal de Saúde, Frederico de Oliveira Weissinger, disse a taxa de ocupação chegou a 100% de domingo para segunda e, por isso, foi necessário pedir transferência de três pacientes. Quando as vagas foram liberadas, segundo ele, o índice já havia caído para 94%, mas, mesmo assim, a realocação foi mantida.

Atualmente, o município tem 35 leitos de UTIs para pacientes de covid-19, distribuídos no Hospital da Vida (10), Hospital Evangélico (10) e Universitário (15).

O aumento do número de casos nas últimas três semanas, porém, compromete a rede. A alternativa, é a “exportação” de pacientes para outros municípios da macrorregião de Dourados, que receberam leitos de UTI (Naviraí, Ponta Porã e Nova Andradina).

“Não é rede independente, vai de acordo com perfil do paciente; por exemplo, se ele precisa também de hemodiálise e Naviraí não tem, vai para Ponta Porã ou Dourados”.

Weissinger assumiu o cargo, efetivamente, nesta semana, mas já fazia parte do comitê da saúde formado pela prefeitura. O secretário diz que há projeto de ações de “biossegurança mais arrojadas”, sem citar quais e, ainda, envolver mais a população no combate à doença e diz acreditar que ainda é possível mudar os números por meio de campanha educativa.

“População tinha medo no início, depois, baixou a guarda e, mesmo com vacinação teremos tempo de alta, demora ter estabilidade até regredir”, avaliou.