Política

Deputado estadual Jamilson Name tem 24 horas para comparecer à unidade de monitoramento

O pai dele, Jamil Name, está preso em Mossoró (RN), após investigações da mesma operação.


Jamilson Name é suspeito de fazer parte da organização chefiada pelo pai, Jamil Name

A Justiça de Mato Grosso do Sul deferiu, nesta sexta-feira (29), o pedido do Ministério Público do estado (MPMS) para a realização imediata de monitoramento eletrônico do deputado estadual Jamilson Name (sem partido). Name é investigado na Operação Omertá por suspeita de ser um dos comandantes de uma organização criminosa suspeita de execuções em Mato Grosso do Sul.

O juiz Roberto Ferreira Filho ainda definiu um prazo de 24 horas para que Jamilson se apresente à Unidade Mista de Monitoramento Virtual de Mato Grosso do Sul para colocar a tornozeleira eletrônica. Na decisão, o magistrado ainda deferiu parcialmente um pedido da defesa do deputado estadual, para que Jamilson possa manter contato, doravante, com a mãe, Tereza Name e Eronivaldo Silva Vasconcelos Júnior, mantendo-se, a cautelar de proibição de contato com outros acusados e testemunhas da operação Omertá.

O G1 e a TV Morena tentaram contato com a defesa de Jamilson Name, mas até a publicação desta reportagem, os advogados não haviam retornado.

Operação Omertá

Jamilson Name é suspeito de fazer parte da organização chefiada pelo pai, Jamil Name. Jamil está preso desde o ano passado em Mossoró (RN), acusado de chefiar uma organização criminosa ligada ao jogo do bicho, homicídios, extorsão, corrupção de agentes públicos e tráfico de armas.

A primeira fase da operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.

A suspeita é que o grupo supostamente comandado por Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.

A última morte atribuída ao grupo até o momento é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.

Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal, em uma casa no Jardim Monte Libano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.

Segundo as investigações do Gaeco, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertà. A força-tarefa investiga se as armas foram usadas em crimes de execução.

 

 

 

G1