Economia I

Nova fábrica em Ribas do Rio Pardo promete alterar economia local e melhorar renda

Ribas do Rio Pardo tem um salário médio mensal de 2,2 salários mínimos, com 18,9% das pessoas ocupadas em relação à população geral.


Verruck também revelou que será mapeado oportunidades de negócio na cidade

Com previsão de gerar 10 mil empregos apenas na fase da construção, a expectativa é que a nova fábrica de celulose da Suzano, que será instalada em Ribas do Rio Pardo, possa alterar e transformar a economia local, melhorando a renda da população da cidade. Esta é a avaliação dos economistas sobre este novo cenário no município.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ribas do Rio Pardo tem um salário médio mensal de 2,2 salários mínimos, com 18,9% das pessoas ocupadas em relação à população geral. Para 34,6% o rendimento mensal nos domicílios é de meio salário mínimo por pessoa, o que coloca a cidade na 46° posição entre as cidades do Estado, neste quesito.

A expectativa é que o novo empreendimento mude o cenário econômico local. “Vai provocar uma alteração na economia financeira da cidade, porque além dos empregos gerados pela empresa, também tem novos negócios sendo abertos para atender esta demanda no comércio, produzir resultados positivos nos demais setores”, explicou o economista Fernando Abrahão.

Ele destaca que além da contratação de mão de obra local, os trabalhadores que vierem de fora também contribuem com a expansão da economia. “Entra assim valor agregador para cidade e toda região, com aumento de emprego e melhoria na renda local”. Abrahão ressalta que para empresa ainda é vantajoso a contratação local. “Se gasta menos com transporte e alojamentos, porque são moradores da cidade”.

Abrahão apenas alerta que a cidade precisa se desenvolver e criar novas alternativas econômicas. “Assim o município cria seus próprios mecanismos de expansão na economia para não ficar dependente apenas do funcionamento da fábrica”.

Investimentos

Para dar suporte a esta expansão, o economista Thiago Queiroz destaca que o município ainda vai contar com mais investimentos públicos, o que traz além da ampliação de empregos e renda, melhorias na qualidade de vida da população.

Ele citou que a contratação de mão de obra local pela fábrica e nos novos negócios abertos na cidade vão “agregar valor”, já que se trata de um dinheiro que fica em sua totalidade no município. “Aumenta a renda local e melhora o comércio que vai absorver esta demanda”.

O titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, declarou que haverá uma qualificação da mão de obra local. “Já temos uma parceria com o Senai, para instalar uma escola de formação profissional na cidade”.

Verruck também revelou que será mapeado oportunidades de negócio na cidade, que vise atender a expansão na economia. “É importante que a população e os empresários estejam preparados para atender a demanda, pois temos que entender que virá a maior indústria de celulose do mundo”.

O governador Reinaldo Azambuja destacou que este novo investimento privado é o resultado da política de incentivos fiscais, que é feita em troca da geração de milhares de empregos, assim como expansão da economia local. “São novas oportunidades que vão melhorar a qualidade de vida da população”.

Já o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, destaca que estes investimentos (setor privado) em Mato Grosso do Sul só são possíveis porque o Estado fez sua parte, criando o ambiente positivo com obras de infraestrutura e logística. “Este será um projeto que vai ajudar não apenas Ribas do Rio Pardo, mas toda região, como os municípios de Campo Grande e Água Clara”.

 

 

 

 

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