Com quatro dias de duração, o julgamento de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo, o Vlad, acontece nesta segunda-feira (17) em Campo Grande, a partir das 8 horas no Tribunal do Júri. Considerado o julgamento do ano, a sessão contará com um megaesquema de segurança com forças policiais estaduais e federais dentro e fora do plenário. O trio será julgado pelo assassinato de Matheus Coutinho, morto com tiros de fuzil, em abril de 2019, em frente de casa. Todos foram investigados na Operação Omertà . Faixas foram espalhadas pela cidade em protesto apontando atuação de milÃcias. Quatro dias: O julgamento tem inÃcio na segunda-feira (17), à s 8 horas, com previsão de término na quinta-feira (20). Isso porque o processo é bastante complexo e conta com cerca de 15 mil páginas. Promotores: Três promotores farão a acusação dos réus, sendo eles a promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, Moisés Casarotto e Gerson Eduardo de Araújo, do Gaeco. A defesa de Jamil Name Filho tentou indeferir a atuação de Gerson alegando suspeição, já que ele, segundo os advogados de Name, seria inimigo da famÃlia, e com isso, tentaram adiar o julgamento pela quarta vez, mas o juiz AluÃzio Pereira negou o pedido. Testemunhas: Além do extenso processo, a duração de 4 dias para o julgamento se dá devido à quantidade de testemunhas. Dezesseis pessoas serão ouvidas em julgamento como testemunhas de acusação e defesa. Jurados: Os sete jurados escolhidos em sorteio para compor o julgamento ficarão em um hotel reservado pelo Tribunal do Júri. Aparato policial: Por questões de segurança, não foi informado a quantidade de policiais destinados para acompanhar o julgamento, só se sabe que haverá policiais federais e estaduais, além daqueles que fazem a escolta dos presos. Tentativa de adiar: A defesa tentou por duas vezes adiar o julgamento, uma delas ocorreu em fevereiro deste ano. O júri estava marcado para o dia 15 de fevereiro 2023 júri. Depois, a defesa entrou com pedido que réu pudesse estar pessoalmente no julgamento e não por videoconferência. Antes da última data marcada, foi cogitado que o júri fosse feito por videoconferência, mas o juiz AluÃzio Pereira dos Santos determinou a vinda dos réus para Campo Grande. O réus estão presos em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Pedido de suspeição: A defesa de Name apresentou na quarta-feira (12) queixa-crime contra o promotor de Justiça Gerson Eduardo de Araujo que entrou no caso em janeiro deste ano. A alegação era de que Gerson tinha inimizade com o réu, inclusive teria o acusado junto a outros promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de ser um dos mandantes dos homicÃdios de Paulo Magalhães e de Andrey Galileu Cunha e que a "acusação seria na ânsia de convencer o Tribunal de Justiça relacionando a outro crime". O pedido era de afastamento do promotor ou adiamento do julgamento. Indeferimento: O MP e o juiz entenderam que a solicitação de suspeição era estratégia de defesa e uma nova forma de adiar o julgamento, por isso o juiz indeferiu o pedido. Conta ainda na decisão que não há inimizades por parte do promotor e que não cabe adiar o julgamento mediante o tempo de estudo das quase 15 mil páginas de processo, além do tempo de organização, aparato policial e alto custo com o julgamento. -MDX