Preso durante operação deflagrada pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como “TH Joias”, é suspeito de usar a loja do Flamengo na capital sul-mato-grossense. A ação aconteceu na quarta-feira (3) e visa combater o tráfico de drogas e armas.
Segundo a investigação, TH teria atuado em favor do CV (Comando Vermelho) e do TCP (Terceiro Comando Puro), facções rivais que disputam o controle do crime em comunidades no Rio de Janeiro. O deputado é apontado como articulador de negociações de armamento de guerra, drones e drogas para as facções.
Lavagem de dinheiro
O deputado também é suspeito de lavar dinheiro do tráfico. Para isso, teria usado uma loja de produtos do Flamengo, adquirida por ele em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, segundo a investigação.
“Ele se utiliza de uma loja, uma franquia, que vende produtos de um clube muito popular, para lavar dinheiro. Há um indicativo concreto de que essa loja é utilizada, porque o volume de dinheiro que circula por ali é incompatível com que uma loja venderia”, disse o procurador-geral de Justiça do RJ, Antonio José Campos Moreira.
TH Joias já havia sido investigado antes por lavagem de dinheiro do crime organizado. Segundo a PF, ele usava a produção de joias sob encomenda como fachada para movimentar valores ilícitos.
Somente na parceria com Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, apontado como chefe do Comando Vermelho no Complexo do Alemão, o deputado teria movimentado cerca de R$ 9 milhões nos últimos três anos.
Entre os clientes da loja, estavam também agentes públicos. Um dos casos citados pela PF envolve o delegado federal Gustavo Steel, cuja noiva foi fotografada usando um anel vendido pelo parlamentar.
O delegado também foi preso nesta quarta, acusado de receber propina para vazar informações sigilosas a facções criminosas. Com infos jornal O Globo e G1
- BN