Uma mobilização conjunta entre a Prefeitura de Campo Grande, a Câmara Municipal e o Governo do Estado resultou no fim da paralisação do transporte coletivo na Capital. Na manhã desta quinta-feira (18), o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) anunciou a retomada das atividades após o governador Eduardo Riedel autorizar a antecipação de R$ 3,3 milhões. O montante é referente ao subsÃdio das gratuidades estudantis e era a peça que faltava para destravar as negociações salariais da categoria.
O desfecho da greve foi oficializado em uma reunião na Câmara Municipal, onde o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, condicionou o retorno imediato ao cumprimento das obrigações por parte do Consórcio Guaicurus. O acordo prevê a quitação da metade restante dos salários de novembro e o pagamento do 13º salário, previsto para amanhã. Segundo a liderança sindical, a prioridade é garantir a segurança financeira do trabalhador para que o serviço não sofra novas interrupções em curto prazo, garantindo que os ônibus voltem a circular ainda no decorrer do dia conforme os pagamentos forem efetuados.
A mediação da crise foi liderada pelo presidente da Câmara, o vereador Papy, que ressaltou o impacto negativo da paralisação para a população campo-grandense. De acordo com o parlamentar, o foco do Legislativo foi equilibrar a assistência aos usuários do transporte e o respeito aos direitos dos motoristas, que enfrentavam atrasos nos vencimentos. Papy destacou que a solução dependeu de um diálogo direto com o Governo do Estado, que realizou um levantamento técnico de viabilidade fiscal para viabilizar o repasse emergencial.
O governador Eduardo Riedel, embora cumprindo agenda pelo interior, comprometeu-se com a capital após conversas que se estenderam até a noite anterior. Com o sinal verde do Estado e o compromisso firmado entre o sindicato e os vereadores, a expectativa é de normalização total do sistema de transporte nas próximas horas. O Legislativo reforçou que o sindicato validou o acordo de retorno imediato assim que a sinalização financeira fosse concretizada, encerrando o perÃodo de desassistência na cidade.





